Audrei Guatura assume a presidência do Sindserv e quer diálogo com a administração

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São Sebastião-10/12/2014 - A servidora pública Audrei Guatura é a entrevistada da seção Radar Entrevista do portal RADAR LITORAL. Ela assume a presidência do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião), nesta quarta-feira (10/12), às 20 horas, no Ginásio Gringão. A nova presidente da entidade é agente de controle de endemias a seis anos. Desde 2011, faz parte da diretoria do Sindicato. A chapa liderada por Audrei teve 720 votos (60,97% do total). Um dos seus principais objetivos é manter um canal de diálogo com a administração para discutir melhorias para os servidores, principalmente no que diz respeito ao dissídio da categoria.

Foto: Radar Litoral

São Sebastião-10/12/2014 - A servidora pública Audrei Guatura é a entrevistada da seção Radar Entrevista do portal RADAR LITORAL. Ela assume a presidência do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião), nesta quarta-feira (10/12), às 20 horas, no Ginásio Gringão. A nova presidente da entidade é agente de controle de endemias a seis anos. Desde 2011, faz parte da diretoria do Sindicato. A chapa liderada por Audrei teve 720 votos (60,97% do total). Um dos seus principais objetivos é manter um canal de diálogo com a administração para discutir melhorias para os servidores, principalmente no que diz respeito ao dissídio da categoria.

Confira a íntegra da entrevista:

AUDREI GUATURA - Por que a sra. quis ser presidente do Sindicato dos Servidores?
RADAR LITORAL - Quando estava no meu setor na dengue, sempre fui muito questionadora, mas enquanto somente funcionário, a gente não tem muito espaço para falar e buscar melhores condições de trabalho. Então, em 2011, pedi para fazer parte dessa chapa. Nada mais natural de acabar sendo candidata, pois já estava fazendo um trabalho no Sindicato. Eu quis, porque já estava fazendo um trabalho e quero melhorar ainda mais. Ter um pouco mais de autonomia.

RL - Quais são os principais problemas dos servidores?
AG - Em primeiro lugar, abrir um canal de diálogo com a administração, pois o discurso sempre foi de que com o atual presidente não havia possibilidade devido à sua postura. Eu tenho uma postura um pouco diferente. Por isso, acredito que talvez seja possível, essa negociação, esse diálogo. Primordial para nós é salário. Vamos reivindicar de imediato o dissídio que não houve e pensar no próximo, em maio de 2015.

RL - Qual é essa diferença de postura, apesar de a sra. ter sido candidato de situação da diretoria do Sindserv?
AG - A diferença é que o atual presidente é mais agitado e eu sou um pouco mais tranquila, tenho uma postura mais conciliadora. Mas a linha de pensamento é a mesma. Quero deixar bem claro que a proposta da chapa é a continuidade do trabalho. A maneira de pensar não será diferente, porém sou mais tranquila, sou de negociar. Sou mais branda.

RL - Já teve algum contato com a administração? Como isso vai ocorrer?
AG - Pretendo tomar a iniciativa. Depois de empossada, quero conversar. Duas cabeças pensam melhor que uma para chegarmos a um denominador comum. A Prefeitura alega que não tem dinheiro por conta do não pagamento do IPTU por parte da Petrobras.

RL - O que a administração pode esperar da relação com a nova diretoria do Sindicato?
AG - Eu pretendo chegar com uma abordagem mais tranquila. Se não houver resultado, a gente vai continuar brigando. Não dá para esperar um ano, dois anos para que as coisas aconteçam. Vamos tentar conversar diretamente com o prefeito. Desculpa, mas se isso não ocorrer, teremos que ir para cima.

RL - Como imagina que possa ser a negociação salarial?
AG - É complicado. Vamos traçar uma estratégia. O cenário é crítico. Os discursos são sempre os mesmos, de que não tem dinheiro, a questão da Petrobras. Preciso pensar numa estratégia para chegar e colocar diante do prefeito.

RL - Como pretende tratar a questão do Plano de Cargos e Salários?
AG - É algo de grande importância. Tem muitos servidores em desvio de função e não recebem por isso. Acaba gerando um custo para a Prefeitura e um desgaste no servidor. Eu até preciso me inteirar se existe algum estudo para a implantação do Plano de Cargos e Salários. Nós temos um esboço do que seria. Queremos saber se há a intenção da administração de implantar um plano e se há algum estudo.

RL - Qual a sua posição em relação ao FAPS? 
AG - Ofertamos denúncias para a Polícia Federal e só nos resta agora esperar, pois corre em segredo de justiça. Estamos acompanhando na medida do possível. Uma das reivindicações é que haja um membro do Sindicato no Conselho do FAPS. E gostaríamos que não houvesse indicados, fossem todos eleitos.

RL - Como atrair o servidor para participar das atividades sindicais?
AG - Trabalho de conscientização na base. É um trabalho a longo prazo. Conscientizar que tem de unir forças. Mesmo que perca uma hora extra, tem de pensar no coletivo. Tudo que ele conseguir agora vai refletir na vida futura dele. É um trabalho de base.

RL - O que a categoria pode esperar do Sindicato?
AG - Mais luta ainda. Nós temos reivindicado EPIs, a simples identificação dos servidores. Além das questões salariais, a nossa principal luta é condições de trabalho, EPIs e identificação.

RL - Deixe uma mensagem para o servidor
AG - Primeiramente, agradecer a votação expressiva que teve a chapa 1. Foram 720 servidores que ajudaram a nos eleger. Quero dizer que vamos continuar as lutas, dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo Ivan. Pelo fato de eu ser mais tranquila, não quer dizer que o Sindicato ficará apático. Sou mais tranquila na questão do diálogo. O discurso foi de que não dava para negociar com o atual presidente, porque ele grita, fala demais. Vamos ver se o problema era esse. O servidor pode esperar a continuidade de toda essa luta. Vamos atrás de tudo que for salutar para ele.