Divulgação/Instituto Argonauta

Instituto Argonauta realiza a soltura de três aves marinhas para seu habitat natural



Postado em: 24/07/2020


O Instituto Argonauta realizou a soltura de três aves marinhas que foram resgatadas pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Foram um Atobá-pardo (Sula leucogaster), uma gaivota (Larus dominicanus) e um Trinta-réis-de-bicovermelho (Sterna hirundinacea), também conhecida como andorinha do mar.

Eles foram resgatados nas praias do Porto Novo em Caraguatatuba, Porto Grande e Praia do Arrastão em São Sebastião, respectivamente. As três aves foram encontradas com dificuldades para voar. Uma delas, a gaivota, foi encontrada pela equipe durante o monitoramento de praias.

Os três animais foram encaminhados inicialmente para Unidade de Estabilização (UE) de São Sebastião para receberem os primeiros atendimentos. Os especialistas da unidade identificaram que o Atobá estava com pneumonia, desidratado e que havia ingerido uma grande quantidade de água. A gaivota estava com febre, magra e desidratada. Já o Trinta-réis estava ferido, magro e com as asas caídas.

O Atobá e a gaivota foram transferidos para o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de Ubatuba. No CRD, a gaivota recebeu banhos de sol e passou por exames de laboratório. Até mesmo um exame raio-x foi realizado, mas os profissionais não localizaram nenhum corpo estranho no interior da ave.

O Trinta-réis permaneceu sob cuidados na UE de São Sebastião até a sua soltura. O Atobá e a gaivota foram soltos na praia do Perequê-Açu. 

O reaparecimento de aves como os Trinta-réis, de acordo com os especialistas, pode estar associado ao isolamento social e a queda do turismo na região. Como medida de proteção dessa ave migratória, os moradores locais colocaram uma placa no ilhote da Praia do Julião, alertando os turistas para manterem distância. A pequena ilha é um espaço de reprodução de pelo menos três espécies de aves marinhas, incluindo os Trinta-réis. Biólogos e voluntários instalaram boias ao redor da pequena ilha, demarcando uma distância de 20 metros de aproximação.

Segundo a equipe técnica do Instituto Argonauta, o Trinta-réis-de-bico-vermelho está vulnerável a extinção.

Sobre o Instituto Argonauta

O Instituto foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos.
Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.

Sobre o PMP-BS

O Instituto Argonauta também é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Argonauta monitora o Trecho 10, compreendido entre São Sebastião e Ubatuba.
Para maiores informações consulte: www.comunicabaciadesantos.com.br

 



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