Postado em: 29/06/2017
A Construtora Queiroz Galvão Brasil se reúne nesta quinta-feira (29/6) com funcionários das obras da Rodovia dos Tamoios e Contorno de São Sebastião, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Infraestrutura (Sintrapav-SP), em São Paulo. Na oportunidade serão abordados os temas discutidos na reunião anterior, realizada em 20 de junho, em São Sebastião.
Entre os assuntos, o formato da compensação dos dias perdidos de trabalho por conta da paralisação realizada pelos colaboradores nos canteiros de obras entre 23 e 29 de maio. A restituição dos dias ficou acertada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região - TRT de Campinas, em 29 de maio, quando também foi determinado o retorno imediato dos colaboradores às atividades.
Uma nova audiência entre a Construtora, sindicato e trabalhadores acontecerá no Tribunal Regional do Trabalho em 13 de julho. Será verificada, na ocasião, se as partes chegaram a uma conciliação. Caso contrário, a ação de abusividade do movimento será levada a julgamento.
Entenda o caso
Durante a última reunião, a comissão apresentou, entre outras solicitações, índice de reajuste salarial correspondente a 15%; vale-alimentação de R$ 600; extensão do plano de saúde a cônjuges e dependentes; além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mínimo de R$ 3,4 mil. Os representantes também reivindicaram folga antecipada no dia do pagamento; cesta natalina de R$ 600,00; convênio odontológico e avaliação do formato de compensação dos dias paralisados entre 23 e 29 de maio.
A Construtora Queiroz Galvão Brasil informou, na ocasião, que o índice de reajuste válido hoje para a toda a categoria dos trabalhadores da construção pesada no estado de São Paulo é 3,99%. O percentual foi definido na Convenção Coletiva do Trabalho, em maio, como dissídio para o período de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2018. Segundo a construtora, o índice corresponde à variação do INPC, acumulado de maio de 2016 a abril de 2017, ou seja, a aplicação deste índice, com a concordância do sindicato, visa evitar a perda salarial dos trabalhadores em relação a inflação.
Atualmente, o vale-alimentação praticado na obra é no valor de R$ 360, segundo a empresa, mais de três vezes superior ao determinado na Convenção Coletiva. A construtora afirma que já pratica participação nos lucros 40% superior ao limite mínimo.